Ana Cardoso (n. 1978, Lisboa) vive e trabalha actualmente em Lisboa, após ter vivido e trabalhado em Nova Iorque entre 2004 e 2020, um periodo crucial no modo como o seu trabalho se desenvolveu e respondeu ao contexto e história da pintura recente. O seu trabalho centra-se na prática da pintura em diálogo com a abstracção, a instalação, e a sua activação enquanto objecto que dialoga com o corpo e o seu contexto.
A sua exposição individual, Leaky Abstraction, comissariada por João Pinharanda, MAAT — Museu de Arte, Aquitectura e Tecnologia, Lisboa, 2023, deu origem a uma publicação de artista, Leaky Abstraction — Four Color Edition (2024), desenvolvida em colaboração com Ana Baliza, onde se incluem textos do curador e dos escritores norte-americanos Maika Pollack e William J. Simmons. A publicação foi apresentada em conversa com Maika Pollack na CARA — Center for Art, Research and Alliances, Nova Iorque (2025), e está também disponível no MAAT, Lisboa, e na livraria da ZdB, Lisboa.
Uma selecção das suas exposições inclui: Maika Pollack/Uptown Gallery, Nova Iorque (2025); Museu de Tavira/Palácio da Galeria, Tavira (2025); Nuno Centeno, Porto (2023); Renata Fabbri, Milão (2023); Cristina Guerra, Lisboa (2021); Museu Calouste Gulbenkian, Lisboa (2019); Klaus Von Nichtssagend, Nova Iorque (2019); Parapet Real Humans, St Louis (2018); Arpad Szenes — Museu Vieira da Silva, Lisboa (2018); MAAT, Lisboa (2017); Temnikova e Kasela, Tallinn (2017); Granpalazzo, Roma (2017); Jablonka Maruani Mercier, Knokke (2016); Rachel Uffner, Nova Iorque (2015); Andrew Rafacz, Chicago (2015); MNAC — Museu do Chiado, Lisboa (2015); Múrias Centeno, Lisboa (2014); Longhouse Projects, Nova Iorque (2014); Marianne Boesky, Nova Iorque (2012); Maisterravalbuena, Madrid (2012); Pedro Cera, Lisboa (2012); Bienal de Praga 5, Praga (2011); Simone Subal, Nova Iorque (2011); Emily Harvey Foundation, Nova Iorque (2010); On Stellar Rays, Nova Iorque (2010); The Kitchen, Nova Iorque (2009); Tracy Williams, Nova Iorque (2009).
Cardoso foi finalista do Prémio Novos Artistas, Fundação EDP / MAAT, Lisboa (2017), e do Prémio Jovens Pintores — Fidelidade Mundial, Culturgest, Lisboa (2007).
O seu trabalho foi incluído em Painting Now, editado por Suzanne Hudson e publicado pela Thames & Hudson (2015), e tem aparecido em textos críticos na Artforum, Flash Art, Mousse, Modern Painters, Art in America, The Brooklyn Rail, Contemporânea, Público, Expresso, entre outros.
Ana Cardoso concluiu o Mestrado em Pintura (MFA) no Hunter College — CUNY, Nova Iorque (2006), e uma Licenciatura em Pintura na FBAUL, Lisboa (2003). Foi bolseira da Fundação Pollock-Krasner, Nova Iorque (2019-2020), fellow da masterclass Shandaken Projects — Paint School, Nova Iorque (2018-2019), e bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação Luso-Americana entre 2004 e 2006.
O seu trabalho está representado em colecções privadas e institucionais como: Museu Calouste Gulbenkian; Fundação EDP/MAAT; CACE—Colecção de Arte Contemporânea do Estado; Núcleo de Arte Contemporânea da Câmara Municipal de Lisboa, Galerias Municipais/EGEAC; Colecção Norlinda e José de Lima; Akzo Nobel Art Foundation, Amsterdam; entre outras.
Em 2020, Ana Cardoso fundou o espaço independente Figura Avulsa em Santa Catarina, Lisboa, onde organiza exposições e eventos. O programa tem vindo a estabelecer uma comunidade entre artistas locais e internacionais como: Rebecca Watson Horn, Max Ruf, Christine Rebet, Gonçalo Pena, Leyla Gediz, Marta Angela (Von Calhau!), Allison Knowles, João Simões, Gwenn Thomas, Charles Mayton, Ellie Ga, Nikolai Nekh, entre outros.