Escola das Artes acolhe conferência internacional sobre média e descolonizações

© Augusta Conchiglia

No próximo dia 11 de outubro, a Escola das Artes acolherá parte do programa da conferência internacional “O Nascimento (em Imagens) das Nações Africanas: Média e Descolonizações”.

O programa inclui uma palestra do orador principal, Mariano Mestman, da Universidade de Buenos Aires, que revisitará a reunião “Estates General of Third Cinema”, ocorrida no Canadá em 1974, onde se discutiram os «novos cinemas» e o seu acompanhamento das lutas políticas e culturais em vários locais. Seguir-se-ão comunicações dos cineastas Billy Woodberry, dedicada à interacção com materiais de arquivo, e Luciana Fina, que procurará refletir sobre as relações subversivas de Pasolini com a televisão enquanto medium. Maria Emília Tavares, curadora e investigadora, apresentará ainda uma comunicação sobre a fotografia portuguesa e italiana no 25 de Abril de 1974. Por fim, o realizador Rui Simões e José Manuel Costa, antigo diretor da Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, estarão à conversa sobre o cinema político português pós-25 de Abril no contexto do Internacionalismo, com moderação de Maria do Carmo Piçarra. 

Organizada por Maria do Carmo Piçarra, docente da Universidade Autónoma de Lisboa e investigadora do ICNOVA, e Giulia Strippoli, investigadora do IHC, a conferência decorrerá entre 7 e 11 de outubro no Colégio Almada Negreiros, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, e na Escola das Artes da Universidade Autónoma de Lisboa.

Paralelamente será realizada uma mostra de filmes na Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, a partir das representações das independências nos arquivos italianos, bem como um encontro artístico sobre artivismo e descolonizações no Hangar – Centro de Investigação Artística.

O programa completo pode ser descarregado aqui.

 

Candidaturas abertas para Pós-graduação em Interartes

Imagem © AI-generated

Já se encontram abertas as candidaturas para a Pós-graduação em Interartes, que tem início em outubro de 2024.

Coordenada por Luís Lima e Alexandra Martins, a Pós-graduação em Interartes visa dotar os estudantes de competências práticas e ferramentas conceptuais na área da arte contemporânea, tendo como principais âncoras disciplinares a instalação artística e a performance. Tendo em consideração a crescente relação entre arte, corpo e tecnologia, o plano curricular apresenta uma abordagem interdisciplinar focada na produção artística expandida, reunindo unidades curriculares de cariz laboratorial e teórico-prático.  

Com uma forte ligação ao sector profissionalizante, o curso pretende ainda estimular o contacto dos estudantes com o universo de trabalho, apresentando um corpo docente com prestigiados artistas portugueses, bem como diversos artistas emergentes. Por forma a complementar o programa de estudos, a pós-graduação oferece ainda um conjunto de seminários com docentes convidados nas áreas da arte e tecnologia. No final do curso, cada estudante deverá apresentar o projeto desenvolvido ao longo do ano, sob tutoria, numa exposição coletiva, com curadoria dos coordenadores.

O corpo docente reúne os artistas e/ou investigadores Alexandra Martins, Ana Mira, António Poppe, Bárbara Paixão, João Pedro Fonseca, João Polido Gomes, José Marmeleira, Luís Lima, Tatiana Macedo e a dupla Von Calhau!.

As candidaturas poderão ser submetidas a partir deste formulário.

Catarina Sobral, docente da Pós-graduação em Ilustração, vence Prémio Nacional de Ilustração

Fotografia © Teresa Freitas

Catarina Sobral, docente da Pós-graduação em Ilustração da Escola das Artes, venceu a 28ª edição do Prémio Nacional de Ilustração 2023, atribuído pela Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, pela publicação do livro “Fantasmas, Bananas e Avestruzes”.

O livro foi editado em 2023, no âmbito de uma coleção literária para a infância, intitulada “Missão: Democracia” e publicada pela Assembleia da República. Dirigido a crianças, o livro aborda o tema das leis e das regras, porque é que existem, para que servem na sociedade e a importância na relação entre as pessoas.

 

Escola das Artes promove sessões de cinema

A Escola das Artes acolhe, a partir de junho, a programação do Cinema Círculo, um ciclo de cinema independente que visa promover sessões de longa-duração. A primeira sessão acontece a 29 de junho, sábado, a partir das 11h da manhã, e será exibida uma filmografia selecionada da obra do etnomusicólogo Michel Giacometti, “Povo que Canta 1971-1973”. A entrada é gratuita.

O Cinema O (círculo) pretende mostrar obras, formatos e geografias que se encontram sub-representadas no atual sistema de distribuição e salas de cinema lisboetas. Um cinema que, por uma razão ou outra, se encontra nas margens, sem espaço, fora de uma lógica comercial que não vise o lucro, mas que procure a reflexão, o debate e o pensamento crítico.

Neste primeiro ano de programação, o Cinema O quer focar-se no slow cinema, especialmente nos seus exemplares mais longos. Filmes que, por uma questão logística relacionada com a sua duração não dispõem de oportunidades de serem vistos na sua totalidade em sala em sessões únicas. Em termos práticos, este ano programático será dividido em dois ciclos.

No primeiro, o destaque vai para as obras de artistas ou coletivos que sejam ao mesmo tempo longas, mas possíveis de segmentar. Seguirá uma lógica de “episódios”, com intervalos pré-estabelecidos, para que os espectadores possam entrar e sair da sala livremente, sem perder a ideia de unidade.

Escola das Artes acolhe exposição “Conexo, Convexo, Côncavo”, de Marco Fedele di Catrano

A Escola das Artes vai acolher a exposição  “Conexo, Convexo, Côncavo”, de Marco Fedele di Catrano, que inaugura no próximo dia 20 de junho, quinta-feira. A partir de alterações site-specific, o trabalho de Catrano explora a relação entre a arquitetura industrial e as suas peças escultóricas, algumas das quais produzidas a partir de objetos industrializados, criando dinâmicas e percepções renovadas do espaço e dos objetos.

De cariz instalativo, a exposição contempla várias obras em diferentes suportes. A série de trabalhosUntitled#” parte de sacos de supermercado banais de grandes cadeias comerciais. Virados do avesso, os sacos revelam as suas estruturas fibrosas entrelaçadas. Desconstruídos através da remoção parcial das suas costuras, tornam-se a fonte de uma imagem negativa moldada como um relevo de resina acrílica. Combinadas e seladas através de um processo temporal de resina de várias camadas, aquelas tornam-se a presença dos sacos na sua ausência física. As partes dos sacos, retiradas após o molde, deixam ainda alguns vestígios. Assim, o trabalho aborda  quer o objeto e material industrial, globalmente padronizado, quer os acabamentos de mãodeobra barataJunto ao corrimão, uma maqueta representa a obraRising Reversed” e está em relação antitética com a convexidade da clarabóia. Ao mesmo tempo, os dois espaços correspondem-se. 

Marco Fedele di Catrano é um artista visual interdisciplinar cujas diferentes práticas criativas visam fazer a ponte entre a arte e a sociedade. O seu trabalho nas áreas da instalação, escultura, fotografia e vídeo caracteriza-se por um manuseamento intuitivo de materiais, objetos e espaços. Entre outros locais, Catrano expôs na Joan Miró Foundation (Barcelona), CII Fabrika (Moscou), Ekaterina Cultural Foundation (Moscou), Haus fur Kunst Uri (Altdorf), la rada (Locarno), Kunstraum Walcheturm (Zurique) , Museo Maga (Gallarate), Museum Mestna Galerija (Liubliana), RAM radioartemobile (Roma), Gallery Mario Iannelli (Berlim), Kunstmuseum Thun (Thun), American Academy (Roma), WUK (Viena) e Multimedia Art Museum (Moscovo). Participou do programa paralelo da 54ª Bienal de Veneza com “Extroversion”, um projeto de Franz West, e também participou da Bienal de Arquitetura de Veneza, em 2010, com o projeto “Epicentro”. Foi vencedor do Prémio Federal Suíço de Arte Visual “Swiss Art Awards 2013”.

A inauguração da exposição decorre no dia 20 de junho, quinta-feira, a partir das 18:00, na Escola das Artes, em Campo de Ourique, e a entrada é gratuita.

Cursos livres
A Escola das Artes apresenta vários cursos livres nas áreas da prática e do pensamento artístico contemporâneos com alguns dos mais renomados profissionais e teóricos portugueses. Saiba mais.
Pós-graduações
A Pós-graduação em Ilustração, cuja articulação entre o setor profissionalizante e o mercado livreiro é uma referência a nível nacional, é apenas a primeira das ofertas formativas não-conferentes de grau. Saiba mais.
Conferências
Aberta ao público e à comunidade, a atividade da Escola das Artes pauta-se ainda pela realização contínua de conferências e palestras no âmbito do pensamento artístico e da filosofia contemporânea. Saiba mais.
Exposições
Em parceria com galerias, mecenas e artistas, a Escola das Artes apresenta-se como um ponto cultural na cidade de Lisboa, promovendo a produção artística, seja através de programas de residência ou exposições nos vários espaços da Universidade. Saiba mais.
Concertos e Performances
O espaço polivalente da Escola das Artes permite a criação de dinâmicas culturais junto da comunidade estudantil, designadamente através da realização de concertos e performances. Saiba mais.