O curso oferece um programa para o desenvolvimento de projetos audiovisuais únicos na interceção do cinema, arte e antropologia visual. Estruturado em sessões teórico-práticas de feedback coletivo e de acompanhamento individual num ambiente inclusivo, o curso propõe ainda, uma compreensão integrada da autonomia do artista através da abordagem dos desafios e das possibilidades que moldam a prática artística em contextos contemporâneos.
HORÁRIO
13, 14, 20 e 21 de junho de 2025
6ª-feira
18:00-21:00
Sábado
10:00-18:00
DURAÇÃO
22 horas | 4 sessões
LOCAL
Escola das Artes – Universidade Autónoma de Lisboa (Campo de Ourique)
Sessões de feedback coletivo;
Acompanhamento individual;
Desenvolvimento de práticas laboratoriais;
Apoio técnico-artístico;
Sessões de visionamento e leitura acompanhada*.
* Em parceria com o Cinema Círculo
PROPINAS
175,00 €
CONDIÇÕES DE ACESSO
Sem condições de acesso.
INSCRIÇÕES
Número de vagas: 15
O curso apenas se realizará mediante um número mínimo de alunos inscritos.

Salomé Lamas é uma realizadora, artista visual e educadora portuguesa. Nos últimos quinze anos e com uma produção constante de mais de trinta projetos, o trabalho de Salomé Lamas tem sido contextualizado na cultura visual, nos estudos artísticos e nos estudos fílmicos, exibido e distribuído internacionalmente nas áreas do cinema (salas de cinema, festivais, streaming VOD) e da arte contemporânea (galerias, museus, feiras de arte, bienais).
Tem vindo a desenvolver uma prática artística que explora a relação entre a representação e o poder narrativo da realidade social, propondo algo diferente. Em torno, mas não para além, do real: para além, mas não aquém, do ficcional.
Para abordar os esforços de expansão desse interstício, refere-se ao seu trabalho como paraficções de prática crítica dos media. Com uma formação mista em cinema e artes visuais, e uma investigação informada por uma epistemologia crítica, transnacional e subjetiva, centrada nas possibilidades abertas pelo pensamento ecológico, bem como na ligação entre a praxis artística, as mutações económicas, estéticas e a filosofia contemporânea, tem sido desafiada a cumprir uma única orientação ou a combiná-las na sua ação como artista/realizadora, mas também como educadora, em vários contextos, níveis e geografias.
O carácter multidisciplinar que sustenta o seu trabalho artístico desafia continuamente os limites da narrativa visual, para promover diálogos críticos que levem o público a confrontar os meandros da experiência humana e as dinâmicas sociais mais amplas, centradas na migração, no pós-colonialismo e na crítica do capitalismo. Esta prática baseada na investigação perpetua um legado de investigação intelectual e inovação artística e aborda de forma crítica os papéis sociais e económicos da produção mediática, nas fases de desenvolvimento, produção, exibição, distribuição e arquivo, com resultados que vão desde filmes, instalações audiovisuais e publicações.