Ana Cardoso (n. 1978, Lisboa) vive e trabalha actualmente em Lisboa, após ter vivido e trabalhado em Nova Iorque entre 2004 e 2020, um período crucial no modo como o seu trabalho se desenvolveu e respondeu ao contexto e história da pintura recente. O seu trabalho centra-se na prática da pintura em diálogo com a abstracção, a instalação, e a sua activação enquanto objecto que dialoga com o corpo e o seu contexto.
A sua mais recente exposição, Leaky Abstraction, comissariada por João Pinharanda, MAAT — Museu de Arte, Aquitectura e Tecnologia, Lisboa, 2023, deu origem a uma publicação de artista, Leaky Abstraction — Four Color Edition (2024), desenvolvida em colaboração com Ana Baliza, onde se incluem textos do curador e dos escritores norte-americanos Maika Pollack e William J. Simmons.
Ana Cardoso concluiu o Mestrado em Pintura (MFA) no Hunter College — CUNY, Nova Iorque (2006), e uma Licenciatura em Pintura na FBAUL, Lisboa (2003).
Foi bolseira da Fundação Pollock-Krasner, Nova Iorque (2019-2020), fellow da masterclass Shandaken Projects — Paint School, Nova Iorque (2018-2019), e bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação Luso-Americana entre 2004 e 2006.
O seu trabalho foi incluído em Painting Now, editado por Suzanne Hudson e publicado pela Thames & Hudson (2015), e tem aparecido em textos críticos na Artforum, Flash Art, Mousse, Modern Painters, Art in America, The Brooklyn Rail, Contemporânea, Público, Expresso, entre outros.
Cardoso foi finalista do Prémio Novos Artistas, Fundação EDP / MAAT, Lisboa (2017), e do Prémio Jovens Pintores — Fidelidade Mundial, Culturgest, Lisboa (2007).
Uma selecção das suas exposições inclui: Nuno Centeno, Porto (2023); Renata Fabbri, Milão (2023); Cristina Guerra, Lisboa (2021); Museu Calouste Gulbenkian, Lisboa (2019); Klaus Von Nichtssagend, Nova Iorque (2019); Parapet Real Humans, St Louis (2018); Arpad Szenes — Museu Vieira da Silva, Lisboa (2018); MAAT, Lisboa (2017); Temnikova e Kasela, Tallinn (2017); Granpalazzo, Roma (2017); Jablonka Maruani Mercier, Knokke (2016); Rachel Uffner, Nova Iorque (2015); Andrew Rafacz, Chicago (2015); MNAC — Museu do Chiado, Lisboa (2015); Múrias Centeno, Lisboa (2014); Longhouse Projects, Nova Iorque (2014); Marianne Boesky, Nova Iorque (2012); Maisterravalbuena, Madrid (2012); Pedro Cera, Lisboa (2012); Bienal de Praga 5, Pra- ga (2011); Simone Subal, Nova Iorque (2011); Emily Harvey Foundation, Nova Iorque (2010); On Stellar Rays, Nova Iorque (2010); The Kitchen, Nova Iorque (2009); Tracy Williams, Nova Iorque (2009).
O seu trabalho está representado em colecções privadas e institucionais como: Museu Calouste Gulbenkian; Fundação EDP/MAAT; CACE—Colecção de Arte Contemporânea do Estado; Núcleo de Arte Contemporânea da Câmara Municipal de Lisboa, Galerias Municipais/EGEAC; Colecção Norlinda e José de Lima; Akzo Nobel Art Foundation, Amsterdam; entre outras.
Em 2020, Ana Cardoso fundou o espaço independente Figura Avulsa em Santa Catarina, Lisboa, onde organiza exposições e eventos ocasionais. O programa tem vindo a estabelecer uma comunidade entre artistas locais e internacionais como: Rebecca Watson Horn, Max Ruf, Christine Rebet, Gonçalo Pena, Leyla Gediz, Marta Angela (Von Calhau!), Allison Knowles, João Simões, Gwenn Thomas, Charles Mayton, Ellie Ga, Nikolai Nekh, entre outros.