Escola das Artes acolhe programa Sons, Imagens e Palavras – Diálogos Transatlânticos a 29 de julho
A Escola das Artes irá acolher parte da programação de Sons, Imagens e Palavras – Diálogos Transatlânticos, no próximo dia 29 de julho. O programa organizado pela artista plástica Catarina Real é apoiado pela Fundação Luso-Americana – Para o Desenvolvimento (FLAD) e inclui apresentações de artistas norte-americanos em Portugal.
A Escola das Artes irá acolher duas conferências, “Activities, not objects”, de Catalina Alvarez, e “A New Pinnochio story”, de Daniel Fishkin. A realizadora e docente visual, Catalina Alvarez, apresentará uma comunicação em torno da história do cruzamento entre arte e engajamento no contexto norte-americano, destacando o papel do protesto e da participação dentro das práticas performativas. Utilizando a sua experiência lectiva e artística, Catalina Alvarez, focar-se-á nos modos como a arte tem sido utilizada como forma de envolvimento com comunidades e questões sociais, inclusive no contexto de educação formal. Já o músico e luthier, Daniel Fishkin, discutirá a relação entre a identidade do daxofone no mundo e o seu papel como construtor de instrumentos através das figuras de Pinnochio, o boneco de madeira que ganha vida, e Gepetto, o entalhador que o esculpe em madeira de pinho.
Além das apresentações, o programa inclui ainda a projecção da curta-metragem realizada pela dupla, “Modos de transporte: Bois de rose”, episódio piloto de uma série de viagens multilingue documentadas ficcionalmente no formato de imagem em movimento.
As actividades terão início pelas 18 horas e a entrada é gratuita. Cartaz realizado a partir de desenho de Francisca Real.
Candidaturas abertas para a Pós-graduação em Interartes
Já se encontram abertas as candidaturas para a Pós-graduação em Interartes, que terá início em setembro de 2025.
Coordenada por Luís Lima e Alexandra Martins, a Pós-graduação em Interartes visa dotar os estudantes de competências práticas e ferramentas conceptuais na área da arte contemporânea, tendo como principais âncoras disciplinares a instalação artística e a performance. Tendo em consideração a crescente relação entre arte, corpo e tecnologia, o plano curricular apresenta uma abordagem interdisciplinar focada na produção artística expandida, reunindo unidades curriculares de cariz laboratorial e teórico-prático.
Com uma forte ligação ao sector profissionalizante, o curso pretende ainda estimular o contacto dos estudantes com o universo de trabalho, apresentando um corpo docente com prestigiados artistas portugueses, bem como diversos artistas emergentes. Por forma a complementar o programa de estudos, a pós-graduação oferece ainda um conjunto de seminários com docentes convidados nas áreas da arte e tecnologia. No final do curso, cada estudante deverá apresentar o projeto desenvolvido ao longo do ano, sob tutoria, numa exposição coletiva, com curadoria dos coordenadores.
O corpo docente reúne os artistas e/ou investigadores Alexandra Martins, Ana Mira, António Poppe, João Pedro Fonseca, João Polido Gomes, José Marmeleira, Luís Lima, Tatiana Macedo e a dupla Von Calhau!, entre outros.
As candidaturas poderão ser submetidas a partir deste formulário.
Alunos da Pós-graduação em Ilustração participam no Ilustra Hackathon
Pelo segundo ano consecutivo, os alunos da Pós-graduação em Ilustração da Escola das Artes da Universidade Autónoma de Lisboa irão participar no ILUSTRA HACKATHON de 2025. Esta é uma iniciativa que desafia à criação de uma ilustração original, a ser exibida numa exposição coletiva integrada no Festival do Clube da Criatividade de Portugal.
Com a presença de cerca de 50 ilustradores, pretende refletir a qualidade e relevância da ilustração editorial portuguesa contemporânea com a promoção de jovens talentos emergentes. Este ano, na sua 13º edição, mantém-se o mesmo formato dos anos anteriores, que será na forma de um Hackaton.
Os participantes serão exclusivamente estudantes de Ilustração de várias instituições de ensino em Portugal, designadamente da Escola das Artes, reunidos num encontro presencial para ilustrar ao vivo o tema do festival deste ano: “Há aí alguém?”. Como avançado pelo Clube da Criatividade de Portugal, o tema levanta um conjunto de questões sobre o papel do humano no futuro quanto à produção criativa e ao consumo cultural.
O evento irá decorrer no dia 19 de maio, no espaço Fábrica de Pão no Beato Innovation District, no âmbito do 27º Festival CCP 2025.
Diogo “Gazella” Carvalho inaugura exposição na Escola das Artes
A exposição individual “O Dia em que Tarrare Comeu Che”, de Diogo “Gazella” Carvalho, inaugura a 3 de abril, quinta-feira, pelas 18:00, na Escola das Artes da Universidade Autónoma de Lisboa, com entrada gratuita.
Nesta exposição, que inaugura a programação anual da Escola das Artes, o artista multidisciplinar procura refletir sobre a condição dos artistas provenientes do contexto periférico e da indissociabilidade forjada (entre outros, pelas instituições) entre o trabalho produzido e esse mesmo contexto como acto de subsistência. Tendo por base um movimento antropofágico que digere e depois regurgita a contra-cultura num bolo, isto é, numa massa homogénea, “Gazella” lança as problemáticas: «Quando o (nosso) lugar à mesa está dependente de sermos a comida servida, será isso acesso? […] Poderá alguém proveniente de um contexto periférico falar sobre questões que se estendam para além da marginalização? Do trauma?»
Ainda nas palavras do artista, os trabalhos expostos em “O Dia em que Tarrare Comeu Che” questionam «o papel que cada pessoa desempenha neste processo […] Mais não seja, através da própria tentativa de denúncia que, estando ciente daquilo do qual faz parte, constitui-se – conscientemente – como apenas mais um elemento desse mesmo menu. O artista que, para se sustentar, permite-se ser devorado… eu».
Diogo “Gazella” Carvalho nasceu em 1997, em Lisboa, esta que o expulsa e à família para um subúrbio, a Linha de Sintra. A vida artística de Diogo começou cedo, mas só em França é que encontrou a visão artística e a sua maneira de pensar. Com várias exposições, Diogo chegara mesmo a ganhar um concurso nacional em França de banda desenhada. Nunca esquecera de onde cresceu, mergulha de cabeça em projetos audiovisuais sentidos e profundos e, em 2018, cria o coletivo artístico UniDigrazz com o músico Tristany e o artista plástico Onun Trigueiros, trazendo a frescura da “Sintranagem” ao circuito cultural português.
Produziu a capa de “Labanta Braço”, compilação de músicos negros promovida pela SOS Racismo. Em 2019, fez parte do projeto Lisboa Criola. Em 2020, concebeu a série “Baxu Ku Riba”, nomeada para melhor filme pelo festival Brasileiro Oficial Mimb-4o – Mostra Itinerante de Cinemas Negros. Foi responsável pela direção de videoclipes de Julinho KSD, Trista, Yuran e Kibow do grupo Instinto 26, e de Tristany. Em 2022, expôs no MAAT (Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia), com o coletivo UniDigrazz na coletiva “Interferências”, com curadoria de Carla Cardoso, Alexandre Farto e Brito Guterres. Em 2022, participou com uma peça coletiva no IMINENTE MARSEILLE, com o kolectivo Unidigrazz, apresentando o “kintal”. Em 2022, cria o TEATRU DIGRA com o artista SEPHER AWK, desempenhando as funções de escritor e encenador. “UNDEU” é o nome da peça de teatro apresentado pela primeira vez no festival Ano0. Em 2022, realiza ainda a curta-metragem “Nha Fidju”, que esteve em exibição na exposição “Interferências” no MAAT e tendo sido, desde então, selecionada por vários festivais de cinema (Lisbon Film Rendezvous, Lift – off Global Network, Squardi – European Independent Short Film Night, Festival Estendal).
A exposição “O Dia em que Tarrare Comeu Che”, de Diogo “Gazella” Carvalho, integra o programa anual de exposições da Escola das Artes da Universidade Autónoma de Lisboa. O programa visa expor trabalhos de artistas emergentes, divulgando as mais diversas linguagens e expressões da arte contemporânea, e simultaneamente promover a transferência de conhecimento entre o contexto académico, o setor profissional e a sociedade civil.
Filipa Tojal em residência No Entulho numa parceria entre a Artworks e a Escola das Artes
A artista plástica Filipa Tojal integrará a programação das residências artísticas No Entulho, a convite da Escola das Artes da Universidade Autónoma de Lisboa. A residência deverá ocorrer entre julho e agosto de 2025 nas instalações da empresa na Póvoa de Varzim.
Filipa Tojal (n. 1993) é artista plástica, vive e trabalha no Porto. Licenciou-se em Artes Plásticas (Ramo Pintura) pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP) e concluiu o Mestrado em Pintura na Tokyo University of the Arts, no Japão, onde viveu durante quatro anos. Participou em residências artísticas em Espanha, França, Índia, Indonésia e Austrália, e tem apresentado o seu trabalho em exposições coletivas e individuais, tanto a nível nacional como internacional, com destaque para os Estados Unidos, China e Japão. Atualmente, é doutoranda em Artes Plásticas na FBAUP.
A sua prática artística parte da pintura e expande-se para a instalação, refletindo uma relação íntima e sensível com o espaço. Explora a paisagem a partir do ato de contemplação, onde a memória de um lugar e a experiência direta do presente se cruzam, abordando-as através da materialidade intrínseca à pintura. As suas composições surgem de um processo de gradação subtil, deslocações e sobreposições, numa pesquisa sensível dos elementos que a cercam. Explora uma abordagem intuitiva e atenta ao espaço, onde a materialidade não se limita à pintura, mas também se estende aos objetos e territórios que a rodeiam.
Por sua vez, as Residências Artísticas No Entulho – RANE -, promovidas pela Artworks desde 2018, são vocacionadas para artistas emergentes e têm como objetivo abordar os materiais inutilizáveis ou excedentes da indústria enquanto matéria para a criação. O foco das RANE é a criação de uma plataforma exploratória aberta a diferentes agentes para a qual se manifesta a abertura em acolher projectos originais ou em curso. Pretende-se com este programa estimular a produção artística num ambiente industrial e gerar um entorno de aprendizagem, tanto para artistas como para agentes artísticos nacionais e internacionais.
Paralelamente à residência artística, a artista Filipa Tojal apresentará também uma exposição individual na Escola das Artes, em Lisboa, prevista para a segunda metade do ano.